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A Surpreendente D. Maria I
Primeira Mulher a Assumir o Trono Português, Rainha do Reino do Brasil, a Primeira Mulher a Governar o Brasil
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APRESENTAÇÃO
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Infanta D. Maria Francisca, Princesa
pintado
por Pavona em 1739. da Beira, Duquesa de Barcelos; |
Posteriormente o Reino do Brasil se emancipa em consequência do Grito do Ipiranga de 7 de setembro de 1822 — Constitucionalmente em 25 de março de 1824, com a primeira Carta Constitucional Brasileira, outorgada e solenemente jurada por D. Pedro I, na Catedral do Império, oficialmente é fundado o Império do Brasil, que veio a transformar em menos de 60 anos (1822 — 1880) um país atrasado, na 3ª potência econômica e militar do planeta – até a tragédia do Golpe de Traição Político-Militar Republicano de 15 de novembro de 1889, executado sem honra ou grandeza por meia dúzia de devotos da Seita Positivista (Religião da Humanidade) inventada pelo francês Auguste Comte, e sua musa inspiradora Clotilde de Vaux.
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Maria
nasceu no Palácio Real da Ribeira em Lisboa, destruído mais tarde pelo terremoto de 1755; batizada com o nome de Maria
Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana. No dia de seu nascimento seu avô, o Rei João V de Portugal, denominou-a Princesa da Beira. Ela era a
mais velha dos seus irmãos. Quando o pai subiu ao trono em 1750, como Rei D. José I, Maria tornou-se sua herdeira
presuntiva, e recebeu os títulos tradicionais de Princesa do Brasil e Duquesa
de Bragança.
Teve uma infância despreocupada, por razão de sua mãe ser uma espanhola amante do ar livre, de música e do conviver. A portuguesa D. Maria I esposa de D. Pedro III de Portugal, foi mãe de D. João VI, o pai de D. Pedro I que teve o filho D. Pedro II (Imperador do Brasil). Foi antes de assumir o trono de Portugal (1777), Princesa do Brasil. Proclamada Rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves em 16 de dezembro de 1815 (sendo a primeira mulher a governar Portugal e por conseqüência o Brasil). Foi Rainha da Quarta Dinastia e o vigésimo sexto Monarca a assumir o trono de Portugal, filha de D. José I Rei de Portugal e de D. Mariana Vitória de Bourbon, (ex-noiva de Luís XV, depois Rainha Consorte de Portugal).
Ficou conhecida pelos cognomes de A Piedosa ou a A Pia, devido à sua extrema devoção religiosa à Igreja Católica. No Brasil é conhecida pelo cognome de Dona Maria, a Louca ou Maria Louca, devido ao declínio das suas faculdades mentais, manifestado com veemência nos últimos 24 anos de vida. Faleceu no Reino do Brasil com 82 anos, sendo o seu corpo transladado para Portugal. D. Maria I é a única monarca portuguesa da Dinastia de Bragança (exceção feita aos restos mortais de D. Pedro I, Imperador do Brasil, que está abrigado pelas paredes de granito do Altar da Pátria em São Paulo), que não se encontra no Panteão dos Braganças; jaz na Basílica da Estrela que ela mesma ergueu em Lisboa.
Teve uma infância despreocupada, por razão de sua mãe ser uma espanhola amante do ar livre, de música e do conviver. A portuguesa D. Maria I esposa de D. Pedro III de Portugal, foi mãe de D. João VI, o pai de D. Pedro I que teve o filho D. Pedro II (Imperador do Brasil). Foi antes de assumir o trono de Portugal (1777), Princesa do Brasil. Proclamada Rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves em 16 de dezembro de 1815 (sendo a primeira mulher a governar Portugal e por conseqüência o Brasil). Foi Rainha da Quarta Dinastia e o vigésimo sexto Monarca a assumir o trono de Portugal, filha de D. José I Rei de Portugal e de D. Mariana Vitória de Bourbon, (ex-noiva de Luís XV, depois Rainha Consorte de Portugal).
Ficou conhecida pelos cognomes de A Piedosa ou a A Pia, devido à sua extrema devoção religiosa à Igreja Católica. No Brasil é conhecida pelo cognome de Dona Maria, a Louca ou Maria Louca, devido ao declínio das suas faculdades mentais, manifestado com veemência nos últimos 24 anos de vida. Faleceu no Reino do Brasil com 82 anos, sendo o seu corpo transladado para Portugal. D. Maria I é a única monarca portuguesa da Dinastia de Bragança (exceção feita aos restos mortais de D. Pedro I, Imperador do Brasil, que está abrigado pelas paredes de granito do Altar da Pátria em São Paulo), que não se encontra no Panteão dos Braganças; jaz na Basílica da Estrela que ela mesma ergueu em Lisboa.
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PREFÁCIO
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Infantes Louis XV
e Mariana Victoria
Retrato
duplo por Alexis Simon Belle
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Retrato do Marquês de Pombal (1766), por Louis-Michel van Loo e Claude Joseph Vernet. |
O seu
reinado, depois de vinte anos com o pai no trono, e com a pesada influência do
Marquês de Pombal, não foi fácil. Seu primeiro ato como Rainha foi demitir o
popular Secretário de Estado do Reino, o próprio Marquês de Pombal, que havia
quebrado o poder da aristocracia reacionária através do caso Távora, em parte
por causa do Iluminismo do Pombal e políticas anti-jesuítas. Também uma das
suas primeiras providências foi ordenar para que soltassem todos os presos
políticos (mais de oitocentos).
Acontecimentos marcantes deste período foram a adesão de Portugal da Liga de Neutralidade Armada (Julho de 1782) e a cessão de 1781 Delagoa Bay a partir de Áustria para Portugal. No seu reinado paralelamente à reconstrução de Lisboa, realizarão-se obras de vulto. A Rainha, muito religiosa e ligada aos problemas dos mais desprotegidos, reabriu as audiências populares interrompidas no tempo do pai. Era respeitada e amada, e o marido esteve sempre ao seu lado. Foi ele que comprou o Palácio de Queluz onde viveram.
Acontecimentos marcantes deste período foram a adesão de Portugal da Liga de Neutralidade Armada (Julho de 1782) e a cessão de 1781 Delagoa Bay a partir de Áustria para Portugal. No seu reinado paralelamente à reconstrução de Lisboa, realizarão-se obras de vulto. A Rainha, muito religiosa e ligada aos problemas dos mais desprotegidos, reabriu as audiências populares interrompidas no tempo do pai. Era respeitada e amada, e o marido esteve sempre ao seu lado. Foi ele que comprou o Palácio de Queluz onde viveram.
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INTRODUÇÃO
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D. Maria I – Primeira Mulher a Governar o Brasil
A Vida
de Dona Maria foi conturbada, pontuada por tragédias, sucessivos traumas...
Resignação. Talvez a maior de todas suas dores foi a perda de seis dos sete
filhos que teve. Foram quatro homens e três mulheres: D. José o primogênito,
faleceu aos 27 anos; D. João de Bragança nasceu morto; D. João Francisco
faleceu antes de completar um mês; D. Mariana faleceu pouco antes de completar
20 anos; D. Maria Clementina faleceu aos 2 anos; e D. Maria Isabel faleceu com
um mês de vida – D. João Maria, seu quarto filho, foi o único que viveu tempo
suficiente para ser coroado Rei, como D. João VI. Num breve intervalo de apenas
dois anos (1786 a 1788), ela viu morrer o marido, o filho primogênito Príncipe
herdeiro D. José e a filha D. Mariana; em 1791 morre seu Confessor.
Estas mortes, mais as dos outros quatro filhos, somadas ao terrorismo de Napoleão, debilitaram-na tão seriamente que em 1792 surgem manifestações que sinalizam evidencias de que sua saúde mental estava comprometida. Como seu pai não teve filhos homens, e isso punha em risco a continuidade da Dinastia dos Bragança, ela teve de se casar com um tio, Dom Pedro III. Provavelmente por causa do parentesco tão próximo não levado em consideração naqueles tempos, a consanguinidade contribuiu diretamente para o óbito precoce dos seus filhos. O fato de se casar com o próprio tio, era normal no contexto da época e não influenciou negativamente na vida afetiva conjugal.
Estas mortes, mais as dos outros quatro filhos, somadas ao terrorismo de Napoleão, debilitaram-na tão seriamente que em 1792 surgem manifestações que sinalizam evidencias de que sua saúde mental estava comprometida. Como seu pai não teve filhos homens, e isso punha em risco a continuidade da Dinastia dos Bragança, ela teve de se casar com um tio, Dom Pedro III. Provavelmente por causa do parentesco tão próximo não levado em consideração naqueles tempos, a consanguinidade contribuiu diretamente para o óbito precoce dos seus filhos. O fato de se casar com o próprio tio, era normal no contexto da época e não influenciou negativamente na vida afetiva conjugal.
Basílica da Estrela |
Ela fez a promessa de construir uma igreja caso concebesse um
filho homem apto a reinar. Esse filho foi D. José, que chegou a ser nomeado
Príncipe do Brasil, mas veio a falecer vítima de varíola aos 27 anos, doença
mortal mas perfeitamente evitável já naquela época. Talvez José tenha contraído
a doença pelo fato da sua mãe, ingenuamente por razões religiosas, impedir que
fosse vacinado quando criança. A Basílica da
Estrela, erguida em agradecimento ao nascimento de José, só ficou pronta 2 anos após a sua morte. José era o herdeiro por ser o primogênito, e,
por esse motivo, preparado desde a infância para ser Rei de Portugal e
provavelmente posteriormente também do Brasil.
O lugar de José foi ocupado por D. João Maria, associado ao governo desde 1792, assume a Regência do Reino em 1799, aclamado como Dom João VI, Rei de Portugal, Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves; Imperador do Brasil (de Jure), até 1816. D. João VI sempre procurou dar o melhor de si na árdua tarefa lhe imposta, para a qual não havia sido preparado desde a infância como o seu irmão D. José. D. Maria embarca para o Brasil com a Corte em 1807, vindo a falecer no Rio de janeiro em 1816, deixando o seu neto D. Pedro I, o fundador do primeiro e único Império do Hemisfério Sul em 1822, o Império do Brasil, que até o Golpe de traição de 1889, chegou a ser considerado a 2ª potência naval da terra (Armada Imperial junto à Marinha Mercante).
O lugar de José foi ocupado por D. João Maria, associado ao governo desde 1792, assume a Regência do Reino em 1799, aclamado como Dom João VI, Rei de Portugal, Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves; Imperador do Brasil (de Jure), até 1816. D. João VI sempre procurou dar o melhor de si na árdua tarefa lhe imposta, para a qual não havia sido preparado desde a infância como o seu irmão D. José. D. Maria embarca para o Brasil com a Corte em 1807, vindo a falecer no Rio de janeiro em 1816, deixando o seu neto D. Pedro I, o fundador do primeiro e único Império do Hemisfério Sul em 1822, o Império do Brasil, que até o Golpe de traição de 1889, chegou a ser considerado a 2ª potência naval da terra (Armada Imperial junto à Marinha Mercante).
A principal
contribuição da Rainha D.ª Maria I foi à cultura. Em seu governo foram criadas a
primeira biblioteca pública do país (Biblioteca Nacional de Lisboa), a Escola
de Belas-Artes, Academia Real das Ciências, Academia Real da Marinha, Academia
Real da Fortificação, Escolas Primárias, Escolas do Ensino Médio, Casa Pia para
dar abrigo e promover a educação das crianças desvalidas ou abandonadas, Academia
dos Guardas-Marinhos, A Brigada Real da Marinha (que foi a origem do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil), um centro de intelectuais cujo objetivo era divulgar o
conhecimento produzido em diversas áreas. Constrói a Basílica da Estrela,
Igreja da Memória (Lisboa), Apoiou a iniciativa privada na construção do Teatro
de São Carlos em Lisboa, e o Teatro de São João no Porto.
Manda fazer investigações científicas no estrangeiro e no ultramar, cria Hospitais no Brasil (Estado do Brasil). Modifica a reforma da Universidade de Lisboa. Assina um tratado de comércio com a Rússia, manda abrir estradas, favorece a cultura do arroz, desenvolve várias indústrias, e na metrópole, durante o seu reinado é feita pela primeira vez a iluminação pública das ruas.
Manda fazer investigações científicas no estrangeiro e no ultramar, cria Hospitais no Brasil (Estado do Brasil). Modifica a reforma da Universidade de Lisboa. Assina um tratado de comércio com a Rússia, manda abrir estradas, favorece a cultura do arroz, desenvolve várias indústrias, e na metrópole, durante o seu reinado é feita pela primeira vez a iluminação pública das ruas.
Entre os
ministros de Dona Maria I, distinguiram-se o Marquês de Angeja e o Visconde de
Cerveira. Além disso, a Rainha libertou mais de 800 presos políticos
perseguidos por Pombal, grande parte Jesuítas injustamente encarcerados. Prosseguiu
na reconstrução de Lisboa destruída pelo terremoto,
e avançou no campo diplomático costurando um acordo de paz com a Espanha, que
disputava terras ao sul do Brasil, mantendo assim a sua integridade
territorial. Foi um período de fortalecimento da economia. Criou-se um canal de
comércio forte com a Rússia e reverteu-se o saldo negativo na balança comercial
com a Inglaterra.
• A Corte Portuguesa transfere-se para o Brasil, fruto do receio de ser deposta, à semelhança do que ocorrera nos países recentemente invadidos pelas tropas francesas: Napoleão acumula o título de Rei de Itália, dando o título de Rei de Nápoles ao seu irmão José Bonaparte, a quem posteriormente situou no trono da Espanha; nos Países Baixos a coroa é dada a seu irmão Luís Bonaparte (Luís I da Holanda).
• Em 1801, o primeiro-ministro de Espanha, Manuel Godoy apoiado por Napoleão invadiu Portugal por breves meses e, no subsequente Tratado de Badajoz, Olivença passou para a coroa de Espanha, mais tarde também ocupada pelos franceses. Portugal continuou a fazer frente à França e, ao recusar-se a cumprir o bloqueio naval às Ilhas Britânicas, foi invadido pela coligação franco-espanhola liderada pelo Marechal Junot. A Família Real retira-se para o Brasil a 29 de Novembro de 1807 deixando Portugal a mercê do invasor.
• A Família Real embarcara desde o dia 27 de novembro, tomando-se a bordo as últimas decisões. No dia 28 de novembro não foi possível levantar ferros porque o vento soprava do Sul. Entretanto, as tropas francesas tinham já passado os campos de Santarém, pernoitando no Cartaxo. No dia 29 de novembro, o vento começou a soprar de nordeste, e bem cedo o Príncipe Regente ordenou a partida. Quatro naus da Marinha Real Britânica, sob o comando do capitão Graham Moore, reforçaram a esquadra portuguesa até o Brasil. A esquadra portuguesa, que saiu do porto de Lisboa em 29 de novembro de 1807, ia comandada pelo vice-almirante Manuel da Cunha Souto Maior.
• Após a partida, os navios da esquadra portuguesa, escoltados pelos ingleses, dispersaram-se devida a uma forte tempestade. Em 5 de dezembro conseguiram se reagrupar e logo depois, em 11 de dezembro, a frota avistou a ilha da Madeira. As embarcações chegaram à costa da Bahia a 18 de janeiro de 1808 e, no dia 22, os habitantes de Salvador já puderam avistar os navios da esquadra. Às quatro horas da tarde do dia 22, após os navios estarem fundeados, o conde da Ponte (governador da capitania da Bahia à época) foi a bordo do navio Príncipe Real. No dia seguinte, fizeram o mesmo os membros da Câmara. A comitiva real só desembarcou às cinco horas da tarde do dia 24, em uma grande solenidade. Em Salvador foi assinado o Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas.
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O Medalhão de D. Maria I adorna o Portão do Passeio Público do Rio de Janeiro/RJ, inaugurado em 1783.
Medalhão da Rainha de Portugal D. Maria I, com seu marido D. Pedro III.
O relevo de D. Maria I no Medalhão, se sobrepõe ao do Rei Consorte de Portugal, D. Pedro III.
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O relevo de D. Maria I no Medalhão, se sobrepõe ao do Rei Consorte de Portugal, D. Pedro III.
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1807, 1808... 1816
Em 29 de Novembro de 1807 a Corte Portuguesa embarca no Cais de Belém rumo ao Brasil.
• Em 1801, o primeiro-ministro de Espanha, Manuel Godoy apoiado por Napoleão invadiu Portugal por breves meses e, no subsequente Tratado de Badajoz, Olivença passou para a coroa de Espanha, mais tarde também ocupada pelos franceses. Portugal continuou a fazer frente à França e, ao recusar-se a cumprir o bloqueio naval às Ilhas Britânicas, foi invadido pela coligação franco-espanhola liderada pelo Marechal Junot. A Família Real retira-se para o Brasil a 29 de Novembro de 1807 deixando Portugal a mercê do invasor.
• A Família Real embarcara desde o dia 27 de novembro, tomando-se a bordo as últimas decisões. No dia 28 de novembro não foi possível levantar ferros porque o vento soprava do Sul. Entretanto, as tropas francesas tinham já passado os campos de Santarém, pernoitando no Cartaxo. No dia 29 de novembro, o vento começou a soprar de nordeste, e bem cedo o Príncipe Regente ordenou a partida. Quatro naus da Marinha Real Britânica, sob o comando do capitão Graham Moore, reforçaram a esquadra portuguesa até o Brasil. A esquadra portuguesa, que saiu do porto de Lisboa em 29 de novembro de 1807, ia comandada pelo vice-almirante Manuel da Cunha Souto Maior.
Chegada da Família Real em Salvador |
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Chegada da Família Real Portuguesa ao Rio de Janeiro em 7 de Março de 1808.
Óleo sobre tela, 1999, 609 X914 milímetros
Óleo sobre tela, 1999, 609 X
Quadro de Geoffrey Hunt
Clique na imagem para ampliá-la
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Descrição:
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O quadro representa, no centro, a nau Príncipe Real, onde tinham viajado a rainha D. Maria I, o príncipe regente e os seus dois filhos, os infantes D. Pedro e D. Miguel, e o infante espanhol D. Pedro Carlos de Bourbon, no momento em que acaba de fundear, usando a sua caranguejola, vendo-se o estandarte real a flutuar no mastro principal. Os pequenos botes ao redor da nau transportam personagens que não quiseram deixar de cumprimentar imediatamente a família real, já que o desembarque só se realizou no dia seguinte. Do lado esquerdo está a nau britânica Marlborough, que se encontrava na baía, a disparar uma salva, com a guarnição colocada nas vergas. Do lado direito pode ver-se a nau Afonso de Albuquerque, que tinha transportado a princesa Carlota Joaquina e quatro das suas seis filhas, a começar a ferrar as velas preparando-se para entrar no vento e fundear. Atrás está a Medusa, que tinha transportado o ainda secretário de estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, António de Araújo de Azevedo, futuro conde da Barca, e a fragata Urânia, que escoltou o príncipe regente durante toda a viagem. Ao lado destas, a nau britânica Bedford, que tinha acompanhado a frota portuguesa desde as Canárias. Mais à direita, na linha de costa o fumo branco representa a salva do forte de Villegaignon, que já não existe, vendo-se também - da esquerda para a direita - a costa de Niterói, a entrada da baía do Rio de Janeiro e o Pão de Açúcar.
O quadro representa, no centro, a nau Príncipe Real, onde tinham viajado a rainha D. Maria I, o príncipe regente e os seus dois filhos, os infantes D. Pedro e D. Miguel, e o infante espanhol D. Pedro Carlos de Bourbon, no momento em que acaba de fundear, usando a sua caranguejola, vendo-se o estandarte real a flutuar no mastro principal. Os pequenos botes ao redor da nau transportam personagens que não quiseram deixar de cumprimentar imediatamente a família real, já que o desembarque só se realizou no dia seguinte. Do lado esquerdo está a nau britânica Marlborough, que se encontrava na baía, a disparar uma salva, com a guarnição colocada nas vergas. Do lado direito pode ver-se a nau Afonso de Albuquerque, que tinha transportado a princesa Carlota Joaquina e quatro das suas seis filhas, a começar a ferrar as velas preparando-se para entrar no vento e fundear. Atrás está a Medusa, que tinha transportado o ainda secretário de estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, António de Araújo de Azevedo, futuro conde da Barca, e a fragata Urânia, que escoltou o príncipe regente durante toda a viagem. Ao lado destas, a nau britânica Bedford, que tinha acompanhado a frota portuguesa desde as Canárias. Mais à direita, na linha de costa o fumo branco representa a salva do forte de Villegaignon, que já não existe, vendo-se também - da esquerda para a direita - a costa de Niterói, a entrada da baía do Rio de Janeiro e o Pão de Açúcar.
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➤ 8 de Março de 1808 – Dia do desembarque da Família Real
Portuguesa no Cais do Largo do Paço (atual Praça XV de Novembro), da Cidade do Rio de Janeiro.
Chegada da Família Real no Rio de Janeiro |
• A Capital do Reino de Portugal foi estabelecida na Capital do Estado do Brasil, a Colônia Portuguesa é elevada a Reino do Brasil, oficialmente Reino do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Com essa "inversão metropolitana", da Cidade do Rio de Janeiro, é exercida a soberania e a governação do Império Ultramarino Português. Pela primeira e única vez na história uma colônia passava a sediar uma corte européia. Assim a Cidade do Rio de Janeiro adquire status de Capital de um dos mais vastos territórios espalhados pelo globo: Europa, América do Sul, África, Ásia e Oceania.
• Incapacitada, Maria viveu no Brasil por oito anos, sempre em estado infeliz. Ela morreu no Convento do Carmo, na Cidade do Rio de Janeiro, em 20 de março de 1816, aos 81 anos de idade. Após as cerimônias fúnebres, seu corpo foi sepultado no Convento da Ajuda, também no Rio. Com sua morte, o Príncipe Regente João foi aclamado Rei de Portugal, Brasil e Algarves. Em 1821, após o retorno da Família Real para Portugal, seus restos mortais foram transladados para Lisboa e sepultado em um mausoléu na Basílica da Estrela, igreja que ela mesma mandou erguer. O Reino do Brasil desmembrou-se com a independência do Brasil, a 7 de setembro de 1822, proclamada pelo filho do Rei Dom João VI, D. Pedro de Alcântara de Bragança (futuro imperador D. Pedro I do Brasil e Rei D. Pedro IV de Portugal)."
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Títulos, Estilo e Honrarias
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Títulos, Estilo e Honrarias
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TÍTULOS
• 17 de Dezembro de 1734 – 31 de Julho de 1750: Sua Alteza Real, A
Princesa da Beira, Duquesa de Barcelos.
31 de Julho de 1750 – 24 de Fevereiro de 1777: Sua Alteza Real, A
Princesa do Brasil, Duquesa de Bragança, etc.
24 de Fevereiro de 1777 – 16 de Dezembro de 1815: Sua Majestade
Fidelíssima, A Rainha de Portugal e dos Algarves.
16 de Dezembro de 1815 – 20 de Março de 1816: Sua Majestade
Fidelíssima, a Rainha do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
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URL
Coat of Arms of the United Kingdom of Portugal, Brazil and the Algarves
Coat of Arms of the United Kingdom of Portugal, Brazil and the Algarves
Brasão de armas do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815-1822)
Estilo Real de tratamento de Maria I de Portugal
Estilo Real: Sua Majestade Fidelíssima
Tratamento Direto: Vossa Majestade Fidelíssima
Estilo Alternativo: Senhora
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ESTILO
• O estilo oficial de D. Maria I, desde a sua Aclamação até 1815
foi:
Pela Graça de Deus, Maria I, Rainha de Portugal e dos Algarves,
d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhora da Guiné e da Conquista, Navegação e
Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc.
• Com a criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em
1815, o seu estilo evoluiu para:
Pela Graça de Deus, Maria I, Rainha do Reino Unido de Portugal,
Brasil e dos Algarves, d'Aquém e d'Além-Mar em África, Senhora da Guiné e da
Conquista, Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e Índia, etc.
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HONRARIAS
• Enquanto monarca de Portugal, D. Maria I foi Grã-Mestre das
seguintes Ordens:
Ordem dos Cavaleiros de Nosso Senhor Jesus Cristo
Ordem de São Bento de Avis
Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem de Sant'Iago da Espada
Antiga e Muito Nobre Ordem da Torre e Espada
Antiga e Muito Nobre Ordem da Torre e Espada
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URL Príncipe Regente de Portugal e toda a Família Real embarcando para o Brasil
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Cronologia Sucinta
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01• Em 1789, a eclosão da Revolução Francesa espalhou o terror entre as cabeças coroadas da Europa que perturbou profundamente a Rainha D. Maria I, contribuindo com a doença.
02• Em 21 de Novembro de 1806, Napoleão ordena que todos os países europeus fechassem os seus portos aos navios ingleses. A essa ordem chamou-se Bloqueio Continental. Portugal não aderiu a esse Bloqueio porque era um velho aliado da Inglaterra e com ela mantinha relações comerciais.
02• Em 21 de Novembro de 1806, Napoleão ordena que todos os países europeus fechassem os seus portos aos navios ingleses. A essa ordem chamou-se Bloqueio Continental. Portugal não aderiu a esse Bloqueio porque era um velho aliado da Inglaterra e com ela mantinha relações comerciais.
Embarque da Família Real Portuguesa no Cais de Belém
em 29 de novembro de 1807, para transmigrar para o Brasil.
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ao Rio de Janeiro, em 7 de Março de 1808.
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Óleo de Carlos Kirovsky, que retrata o
traslado de João VI e sua família na Galeota Real,
para embarcar na nau D. João VI, quando de sua partida
do Rio de Janeiro para Portugal, em 25 de abril de 1821. |
03• Por isso, em Novembro de 1807, as tropas napoleônicas comandadas pelo general Junot, entram em Portugal. Começa a primeira Invasão Francesa.
04• Em 29 de Novembro de 1807 a Corte Portuguesa embarca no Cais de Belém rumo ao Brasil.
05• Em 18 de janeiro de 1808 as embarcações chegaram à costa da Bahia, após violenta tempestade seguida de calmaria.
06• No dia 7 de março de 1808, a esquadra conduzindo a Corte Portuguesa chega ao Rio de Janeiro, desembarcando em 8 de março a Família Real no cais do então Largo do Paço (atual Praça XV de Novembro). O Brasil deixa de ser colônia, e a Cidade do Rio de Janeiro passa ao status de Capital do Império Ultramarino Português.
07• Em 2 de maio de 1808, do Reino do Brasil, foi divulgado às potências da Europa, e ao mundo inteiro, o Manifesto do Príncipe Regente D. João declarando Guerra à França. Em represália pela Primeira Invasão Francesa de Portugal (1807), ordena a invasão e ocupação da Guiana Francesa.
08• Em Agosto de 1808, Portugal vence a França nas batalhas de Roliça e Vimeiro. Com estas derrotas o general Junot é obrigado a assinar um tratado de paz, no qual se comprometeu a sair de Portugal
09• Em 12 de janeiro de 1809, a expedição à Guiana Francesa teve como consequência a capitulação das tropas francesas alocadas na região, assinada na Capital Caiena, sede da administração francesa na Guiana, garantindo para o Brasil além dos considerados Tesouros Botânicos com a posse de La Gabriele, a expansão do território do Estado do Amapá.
10• Em Março de 1809 deu-se a segunda Invasão Francesa. "(...) Em
fevereiro de 1809 o marechal Soult, duque da Dalmácia, deu início à segunda
invasão francesa. A entrada das tropas francesas deu-se por
Trás-os-Montes, o que permitiu a conquista da Região Norte do país até à
fronteira do Douro e satisfazer o sonho de Soult de governar a Lusitânia
setentrional, uma das regiões negociadas no acordo de Fontainebleau, antes de
Portugal ser invadido pelas tropas napoleônicas e espanholas. Este sonho do
general Soult, a par do megalómano sonho de Napoleão de reconstruir um império,
durou pouco tempo. Rapidamente as forças anglo-portuguesas combinaram esforços
e conseguiram empurrar, de novo, o Exército francês para Espanha, em maio de
1809. Nesta invasão, ficou tristemente célebre o episódio da "ponte das
barcas", um desastre que provocou um grande número de mortos entre as
populações, que, aterrorizadas pela chegada do invasor, procuraram refúgio na
cidade do Porto, atravessando a velha ponte das barcas, que não suportou o peso
de tanta gente. (...)"
11• Em Junho de 1810 dá-se a terceira Invasão Francesa. "A
Terceira Invasão Francesa teve início em Julho de 1810 e terminou em Abril de
1811, com a retirada das forças francesas para Ciudad Rodrigo. O exército
invasor era o maior dos que já tinham invadido Portugal, em 1807 sob o comando
de Junot e 1809 sob o comando de Soult. O comandante deste exército, o marechal
Massena, era um dos mais conceituados marechais de França. Para a sua derrota
contribuiu não só a qualidade do exército anglo-luso, sob comando de
Wellington, mas também a estratégia utilizada por este general e desenvolvida
com base nas Linhas de Torres Vedras".
12• No mesmo ano de 1810 os franceses são expulsos da Capital Lisboa. Como a Corte estava no Brasil, o Governo de Portugal foi confiado a um Conselho de Regência.
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A Rainha D. Maria I governou o país efetivamente por cerca de 15 anos
(1777-1792); enquanto que no período seguinte (1792 -1816) governou seu filho D.João, até sua morte, ocorrida no Rio de Janeiro, onde se encontrava a Família
Real desde que se retiraram de Lisboa, por ocasião da primeira Invasão Francesa.
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RESUMO
D. Maria I de Portugal
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Alvará de Criação da Brigada Real da Marinha, assinado por D. Maria I em 28 de agosto de 1797.
O Museu do CFN possui uma cópia fotográfica dos originais, produzida na Torre do Tombo, em Lisboa, onde o documento encontra-se arquivado.
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Em 28 de julho de 1736, por meio de alvará, o Rei de Portugal, D. João V, criou a Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos. Posteriormente, D. Maria I, Rainha de Portugal, pelo alvará de 28 de agosto de 1797, criou a Brigada Real da Marinha de Portugal. Esse alvará, cujo original encontra-se arquivado na Torre do Tombo, em Lisboa, é considerado também o cerne do Corpo de Fuzileiros Navais, pela diferenciação e caracterização das atividades:
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“Eu, a Rainha, faço saber aos que este Alvará com força de lei virem, que tendo-me sido presentes os graves inconvenientes, que se seguem, ao meu Real Serviço e à disciplina da Minha Armada Real, e o aumento de despesa que se experimenta por haver três corpos distintos a bordo das naus e outras embarcações de guerra da Minha Armada Real, quais são os Soldados Artilheiros, os Soldados de Infantaria e os Marinheiros (...) Sou servida mandar criar um Corpo de Artilheiros Marinheiros, de Fuzileiros Marinheiros e de Artífices e Lastradores, debaixo da Denominação de Brigada Real da Marinha (...) Sendo inútil que tropas de embarque sejam exercitadas a grandes Manobras e Evoluções próprias dos Regimentos do meu Exército de Terra, e devendo ser próprias particularmente para defenderem as Embarcações de Guerra, e para fazerem algum Desembarque, e tentar algum Ataque: e sobre objetos análogos a este fim proposto que devem principalmente exercitar-se”.
“Eu, a Rainha, faço saber aos que este Alvará com força de lei virem, que tendo-me sido presentes os graves inconvenientes, que se seguem, ao meu Real Serviço e à disciplina da Minha Armada Real, e o aumento de despesa que se experimenta por haver três corpos distintos a bordo das naus e outras embarcações de guerra da Minha Armada Real, quais são os Soldados Artilheiros, os Soldados de Infantaria e os Marinheiros (...) Sou servida mandar criar um Corpo de Artilheiros Marinheiros, de Fuzileiros Marinheiros e de Artífices e Lastradores, debaixo da Denominação de Brigada Real da Marinha (...) Sendo inútil que tropas de embarque sejam exercitadas a grandes Manobras e Evoluções próprias dos Regimentos do meu Exército de Terra, e devendo ser próprias particularmente para defenderem as Embarcações de Guerra, e para fazerem algum Desembarque, e tentar algum Ataque: e sobre objetos análogos a este fim proposto que devem principalmente exercitar-se”.
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Assim, a primeira missão de combate dos Fuzileiros-Marinheiros no Brasil foi a invasão da Guiana Francesa, ordenada em represália à invasão de Portugal. Em outro decreto, de 10 de junho, ordenou D. João que “por mar, e por terra se lhes façam todas as hostilidades”, autorizando o corso e os armamentos que seus vassalos quisessem no intuito de propor-se contra a França.
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RESUMO
D. Maria I de Portugal
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O Príncipe Regente D. João passando as Tropas Portuguesas em revista |
Filha de D. José e de D. Maria Vitória, nasce em Lisboa em 1734. Foi a primeira Rainha de Portugal e conseguintemente do Brasil ainda Colônia e posteriormente Reino do Brasil. Casa com seu tio, o Príncipe D. Pedro III, em 1760. Considerada uma figura culta, amante da música e da pintura, de temperamento doce e melancólico foi extremamente devota. Apesar da sua vida conturbada, pontuada por tragédias, sucessivos traumas... Resignação; talvez a maior de todas suas dores foi a perda de seis dos sete filhos que teve; soberanamente age com perseverança e justiça.
A primeira das prioridades do seu Governo, após os excessos cometidos durante o Pombalismo (referente aos radicalismos do Marquês de Pombal - Secretário de Estado dos Negócios Interiores do Reino), foi providenciar o afastamento da Corte do Marquês de Pombal. Procedendo com grande nobreza, transmite novos rumos à administração de Portugal, mudança que ficou pitorescamente conhecida por “Viradeira”, sobretudo no domínio político, religioso e cultural. Liberta e reabilita a Família Távora, tendo feito o mesmo em relação aos Jesuítas.
A primeira das prioridades do seu Governo, após os excessos cometidos durante o Pombalismo (referente aos radicalismos do Marquês de Pombal - Secretário de Estado dos Negócios Interiores do Reino), foi providenciar o afastamento da Corte do Marquês de Pombal. Procedendo com grande nobreza, transmite novos rumos à administração de Portugal, mudança que ficou pitorescamente conhecida por “Viradeira”, sobretudo no domínio político, religioso e cultural. Liberta e reabilita a Família Távora, tendo feito o mesmo em relação aos Jesuítas.
Sebastião José de Carvalho e Melo, conhecido como
Marquês de Pombal, Secretário de Estado dos
Negócios Interiores do Reino Português.
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Amada e respeitada por todos, sucessivos golpes abalam-lhe a saúde mental: as mortes do marido (1786), do Príncipe Real (1788) e dos outros cinco filhos, bem como a marcha da Revolução Francesa, que vinha a abalar a sociedade tradicional européia, são motivos mais que suficientes para incapacitá-la. O futuro Dom João VI, associado ao governo desde 1792, assume a Regência do Reino em 1799. D. Maria I embarca para o Brasil com a corte em 1807, vindo a falecer em 1816 no Rio de Janeiro, Capital do Reino do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.
Livros
Proibidos de Dona Maria I, Rainha de Portugal, mãe de D. João VI, podem ser vistos na Biblioteca Nacional.
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“Obras banidas da
sociedade, por motivos políticos ou religiosos, faziam parte do acervo pessoal
de dona Maria I, Rainha de Portugal e mãe de dom João VI. Livros proibidos pela
Santa Inquisição, que deveriam ter sido queimados, na verdade permaneceram
guardados nas estantes da corte, escapando da destruição. Quando a Família Real
veio para o Brasil, em 1808, trouxe de navio um acervo estimado em cerca de 60
mil obras, incluindo aquelas que deveriam ter sido destinadas à fogueira.”
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É proibido, mas... A
Rainha pode!
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LIVRO:
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URL |
D. Maria I
A Vida Notável de Uma Rainha Louca
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[Jenifer Roberts]
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The Madness of Queen Maria
The Remarkable Life of Maria I of Portugal
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[Jenifer Roberts]
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The Madness of Queen Maria
The Remarkable Life of Maria I of Portugal
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Prefácio:
A história da primeira Rainha portuguesa, uma mulher frágil apanhada nas redes da principal disputa do século XVIII entre a Igreja e o Estado, entre as velhas superstições e a época da Razão, entre uma religiosidade poderosa e uma ditadura tirânica. D. Maria encarna fielmente as contradições desse tempo, pois, apesar do seu conservadorismo religioso, soube compreender, pelo menos em alguns aspetos, o Iluminismo, adotando uma abordagem humanitária dos assuntos de Estado. Desde o seu tão aguardado nascimento em Lisboa, então a cidade mais opulenta da Europa, até à sua morte, num ambiente austero no Brasil, esta biografia lê-se como um romance histórico. A autora revisita a história política da época, as complexidades da vida privada da Rainha, os principais acontecimentos e a vida das personalidades desse período histórico. D. Maria I - a Vida Notável de Uma Rainha oferece aos seus leitores uma visão íntima do mundo das monarquias absolutas, da vida quotidiana na corte portuguesa e na velha Europa, antes da Revolução Francesa e da ascensão de Napoleão que levou a dinastia de Bragança à beira da ruína.
A história da primeira Rainha portuguesa, uma mulher frágil apanhada nas redes da principal disputa do século XVIII entre a Igreja e o Estado, entre as velhas superstições e a época da Razão, entre uma religiosidade poderosa e uma ditadura tirânica. D. Maria encarna fielmente as contradições desse tempo, pois, apesar do seu conservadorismo religioso, soube compreender, pelo menos em alguns aspetos, o Iluminismo, adotando uma abordagem humanitária dos assuntos de Estado. Desde o seu tão aguardado nascimento em Lisboa, então a cidade mais opulenta da Europa, até à sua morte, num ambiente austero no Brasil, esta biografia lê-se como um romance histórico. A autora revisita a história política da época, as complexidades da vida privada da Rainha, os principais acontecimentos e a vida das personalidades desse período histórico. D. Maria I - a Vida Notável de Uma Rainha oferece aos seus leitores uma visão íntima do mundo das monarquias absolutas, da vida quotidiana na corte portuguesa e na velha Europa, antes da Revolução Francesa e da ascensão de Napoleão que levou a dinastia de Bragança à beira da ruína.
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"ELE FOI O ÚNICO QUE ME ENGANOU"
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"ELE FOI O ÚNICO QUE ME ENGANOU"
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Frase de Napoleão se referindo a astúcia de D. João VI, quando da sua retirada estratégica com a Família Real Portuguesa e a Corte para o Brasil.
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Em 26 de novembro de 1807 Dom João publica um decreto declarando:
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Dom João transferiu a Corte Portuguesa para o Rio em 1808 para evitar o confronto com a França e levou fama de fujão. Napoleão Bonaparte, no fim da vida, reconheceu que o monarca português foi o único líder europeu que conseguiu enganá-lo em seus tempos de triunfo.
Junot no seu "Diário" manuscrito, guardado na Biblioteca Nacional da Ajuda, revela o quanto os franceses receavam aquele embarque. Ao ser informado que este estava já em execução, e não podendo voar sobre o Ribatejo até Lisboa com as suas tropas, ainda enviou Hermann a Lisboa com a missão de o atrasar ou impedir. "Mr. Hermann ne put voir ni le Prince ni Mr. D. Araujo; celui-ci seulement lui dit que tout était perdu" ("O Sr. Hermann não pôde ver nem o Príncipe nem o Sr. D. Araújo; ele apenas lhe disse que tudo estava perdido"), escreveria depois Junot a Bonaparte. Para Araújo, o mais importante, o "partido francês", estava na verdade perdido - não era mais possível aos franceses aprisionarem o Príncipe-Regente de Portugal.
Príncipe Regente de Portugal e toda a Família Real embarcando para o Brasil
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A idéia também de que a Família Real saiu de Portugal fugindo as pressas cheia de medo, é bom ser reconsiderada; é certo que eles tinham que sair de Portugal, Napoleão não perdoaria a negativa de Dom João VI de interromper com os negócios com a Inglaterra e certamente o deporia e/ou mataria, mas daí a sair as pressas de Lisboa já é outra coisa. Imagine alguém saindo as pressas com 12.000 a 15.000 pessoas numa esquadra composta de 58 navios entre naus, fragatas, briques, uma escuna, uma charrua de mantimentos, 21 navios comerciais, e levando consigo uma gigantesca biblioteca, como a que Dom João trouxe para o Rio de Janeiro, e que hoje é a Biblioteca Nacional. Portanto não foi às pressas, foi planejada ainda que necessária. Neste contexto e nas condições dos recursos da época, era de se esperar que algumas coisas na viajem acontecessem... Como tempestades, naufrágios e calmaria, que fizeram as naus perderem o rumo e atrasar a travessia do Atlântico, chegando à Bahia em 23 de janeiro de 1808.
Ao evitar-se que a Família Real Portuguesa fosse aprisionada em Lisboa pelas tropas francesas, inviabilizou-se o projeto de Napoleão para a península Ibérica, que consistia em estabelecer nela famílias reais da sua própria família, como ainda se tentou em Espanha com a deposição de Fernando VII e Carlos IV, colocando no trono José Bonaparte. A revelação da correspondência secreta de Junot e de Napoleão, bem como os textos dos Tratados secretos de Tilsit, não deixam margem para quaisquer dúvidas a este respeito. O "partido francês" em Portugal, não se dando por derrotado, começou imediatamente a difundir a idéia de que a retirada estratégica da Corte para o Brasil não era mais do que uma "fuga", que teria deixado Portugal sem Rei e sem Lei. Por esse motivo foi enviada uma delegação sua ao encontro de Junot para que Napoleão Bonaparte lhes desse uma Constituição e um Rei.
"Na madrugada do dia 27 de novembro de 1807 os membros da Família Real saíram de Lisboa. chovia muito em todos os dias que antecederam o embarque da família real, porém no dia 27 não choveu como alguns autores afirmam, o dia amanheceu claro e com céu azul". Por dificuldades surgidas na travessia do Atlântico, parte da frota onde estava o regente separou-se e aportou na Bahia em janeiro de 1808. Depois de uma breve estadia na antiga capital da colônia, todos se reuniram no Rio de Janeiro.
Quadro de Geoff Hunt. Chegadada Família Real Portuguesa ao Rio de Janeiro em 7 de Março de 1808 ― Óleo sobre tela, 1999, 609 X 914 milímetros. Quadro de Geoff Hunt.
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Em primeiro plano a Nau Príncipe Real, armada com 84 canhões.
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"(...) O quadro representa, no centro, a nau Príncipe Real, onde tinham viajado a Rainha D. Maria I, o Príncipe Regente e os seus dois filhos, os Infantes D. Pedro e D. Miguel, e o Infante espanhol D. Pedro Carlos de Bourbon, no momento em que acaba de fundear, usando a sua caranguejola, vendo-se o estandarte real a flutuar no mastro principal. Os pequenos botes ao redor da nau transportam personagens que não quiseram deixar de cumprimentar imediatamente a Família Real, já que o desembarque só se realizou no dia seguinte. Do lado esquerdo está a nau britânica Marlborough, que se encontrava na baía, a disparar uma salva, com a guarnição colocada nas vergas. Do lado direito pode ver-se a nau Afonso de Albuquerque, que tinha transportado a Princesa Carlota Joaquina e quatro das suas seis filhas, a começar a ferrar as velas preparando-se para entrar no vento e fundear. Atrás está a Medusa, que tinha transportado o ainda secretário de estado dos Negócios Estrangeiros e da Guerra, António de Araújo de Azevedo, futuro Conde da Barca, e a fragata Urânia, que escoltou o Príncipe Regente durante toda a viagem. Ao lado destas, a nau britânica Bedford, que tinha acompanhado a frota portuguesa desde as Canárias. Mais à direita, na linha de costa o fumo branco representa a salva do forte de Villegaignon, que já não existe, vendo-se também – da esquerda para a direita – a costa de Niterói, a entrada da Baía do Rio de Janeiro e o Pão de Açúcar. (...)"
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EPÍLOGO
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➤ CRONOLOGIA DA CHEGADA DA CORTE PORTUGUESA AO BRASIL:
• 18 de Janeiro de 1808 – A Esquadra chega à costa da Bahia.
• 22 de Janeiro de 1808 – Os habitantes de Salvador já podiam avistar a Esquadra. Às quatro horas da tarde do mesmo dia os navios fundeiam.
• 24 de Janeiro de 1808 – A Família Real Portuguesa desembarca em Salvador.
• 7 de Março de 1808 – Dia da Chegada da Esquadra conduzindo a Família Real Portuguesa ao Rio de Janeiro.
• 8 de Março de 1808 – Dia do desembarque da Família Real Portuguesa no Cais do Largo do Paço (atual Praça XV de Novembro), da Cidade do Rio de Janeiro.
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A Família Real embarcara desde o dia 27 de novembro, tomando-se a bordo as últimas decisões. No dia 28 de novembro não foi possível levantar ferros porque o vento soprava do Sul. Entretanto, as tropas francesas tinham já passado os campos de Santarém, pernoitando no Cartaxo. No dia 29 de novembro, o vento começou a soprar de nordeste, e bem cedo o Príncipe Regente ordenou a partida. Quatro naus da Marinha Real Britânica, sob o comando do capitão Graham Moore, reforçaram a esquadra portuguesa até o Brasil. ● A esquadra portuguesa, que saiu do porto de Lisboa em 29 de novembro de 1807, ia comandada pelo vice-almirante Manuel da Cunha Souto Maior.
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Após a partida, os navios da esquadra portuguesa, escoltados pelos ingleses, dispersaram-se devida a uma forte tempestade. Em 5 de dezembro conseguiram se reagrupar e logo depois, em 11 de dezembro, a frota avistou a ilha da Madeira. As embarcações chegaram à costa da Bahia a 18 de janeiro de 1808 e, no dia 22, os habitantes de Salvador já puderam avistar os navios da esquadra. Às quatro horas da tarde do dia 22, após os navios estarem fundeados, o conde da Ponte (governador da capitania da Bahia à época) foi a bordo do navio Príncipe Real. No dia seguinte, fizeram o mesmo os membros da Câmara. A comitiva real só desembarcou às cinco horas da tarde do dia 24, em uma grande solenidade.
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Em Salvador foi assinado o Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas.
A esquadra partiu de Salvador rumo ao Rio de Janeiro, onde chegou no dia 7 de março de 1808, desembarcando a Família Real no cais do Largo do Paço (atual Praça XV de Novembro), em 8 de março. Os membros da Família Real foram alojados em três prédios no centro da cidade, entre eles o paço do Vice-Rei Marcos de Noronha e Brito, Conde dos Arcos, e o Convento das Carmelitas.
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A Capital do Reino de Portugal foi estabelecida na Capital do Estado do Brasil, a Colônia Portuguesa é elevada a Reino do Brasil, oficialmente Reino do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Com essa "inversão metropolitana", da Cidade do Rio de Janeiro, é exercida a soberania e a governação do Império Ultramarino Português. Pela primeira e única vez na história uma colônia passava a sediar uma corte européia. Assim a Cidade do Rio de Janeiro adquire o status de Capital de um dos mais vastos territórios espalhados pelo globo: Europa, América do Sul, África, Ásia e Oceania.
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Rei de Portugal - Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves - Imperador do Brasil (de jure)
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Ainda em 1808, pouco depois da chegada ao Brasil, os Fuzileiros-Marinheiros, como eram chamados à época, se integraram à expedição que rumava para a Guiana Francesa.
Devido à invasão de Portugal pelas tropas napoleônicas, D. João determinou a invasão de Caiena, sede da administração francesa na Guiana. Em 2 de maio de 1808, foi divulgado às potências da Europa, e ao mundo inteiro, o Manifesto do Príncipe Regente declarando guerra à França:
“Sua Alteza Real o Príncipe Regente Nosso Senhor, no seio do novo Império, que veio criar na América Meridional, levanta a sua voz, e expõe com energia e dignidade os sacrifícios, que, por muitos anos, houvera feito para conservar a tranqüilidade do seu povo comprando por muitos milhões de cruzados uma neutralidade pacífica, que o pérfido Napoleão, Imperador dos franceses, por vezes vendeu, e que logo ele mesmo quebrava, para ter o pretexto de nova negociação: patenteia as traições, as intrigas, e infames manobras, que o mesmo Imperador maquinou por meio dos seus enviados, e agentes, a fim de perturbar a nação portuguesa, e abalar a estabilidade do trono: enfim depois de lembrar a toda a Europa a execranda perfídia, com que o dito Imperador invadiu o Reino de Portugal e o ocupou, declara Sua Alteza Real guerra a Napoleão e aos franceses, permite aos seus vassalos da Europa, do Brasil, e Domínios Ultramarinos o repelir, por mar, e por terra, os seus inimigos e fazer-lhes guerra. Declara Sua Alteza nulos, e de nenhum efeito todos os tratados, que o Imperador dos franceses o obrigou a assinar, e que jamais deporá as armas, senão de acordo com o seu antigo e fiel aliado, Sua Majestade Britânica, e que não consente, nem consentirá em caso algum da cessão do Reino de Portugal, que forma a mais antiga parte da herança, e dos direitos da sua real família" — "Este manifesto no qual tanto reluz a verdade, e a justiça da causa do Príncipe Regente Nosso Senhor, foi bem recebido na Europa, e com especialidade pelos ingleses, e abriu os olhos a muita gente, a quem Napoleão havia fascinado com as suas imposturas e deslealdade.”
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Alvará de Criação da Brigada Real da Marinha, assinado por D. Maria I em 28 de agosto de 1797.
O Museu do CFN possui uma cópia fotográfica dos originais, produzida na Torre do Tombo, em Lisboa, onde o documento encontra-se arquivado.
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Em 28 de julho de 1736, por meio de alvará, o Rei de Portugal, D. João V, criou a Secretaria de Estado dos Negócios da Marinha e Domínios Ultramarinos. Posteriormente, D. Maria I, Rainha de Portugal, pelo alvará de 28 de agosto de 1797, criou a Brigada Real da Marinha de Portugal. Esse alvará, cujo original encontra-se arquivado na Torre do Tombo, em Lisboa, é considerado também o cerne do Corpo de Fuzileiros Navais, pela diferenciação e caracterização das atividades:
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“Eu, a Rainha, faço saber aos que este Alvará com força de lei virem, que tendo-me sido presentes os graves inconvenientes, que se seguem, ao meu Real Serviço e à disciplina da Minha Armada Real, e o aumento de despesa que se experimenta por haver três corpos distintos a bordo das naus e outras embarcações de guerra da Minha Armada Real, quais são os Soldados Artilheiros, os Soldados de Infantaria e os Marinheiros (...) Sou servida mandar criar um Corpo de Artilheiros Marinheiros, de Fuzileiros Marinheiros e de Artífices e Lastradores, debaixo da Denominação de Brigada Real da Marinha (...) Sendo inútil que tropas de embarque sejam exercitadas a grandes Manobras e Evoluções próprias dos Regimentos do meu Exército de Terra, e devendo ser próprias particularmente para defenderem as Embarcações de Guerra, e para fazerem algum Desembarque, e tentar algum Ataque: e sobre objetos análogos a este fim proposto que devem principalmente exercitar-se”.
“Eu, a Rainha, faço saber aos que este Alvará com força de lei virem, que tendo-me sido presentes os graves inconvenientes, que se seguem, ao meu Real Serviço e à disciplina da Minha Armada Real, e o aumento de despesa que se experimenta por haver três corpos distintos a bordo das naus e outras embarcações de guerra da Minha Armada Real, quais são os Soldados Artilheiros, os Soldados de Infantaria e os Marinheiros (...) Sou servida mandar criar um Corpo de Artilheiros Marinheiros, de Fuzileiros Marinheiros e de Artífices e Lastradores, debaixo da Denominação de Brigada Real da Marinha (...) Sendo inútil que tropas de embarque sejam exercitadas a grandes Manobras e Evoluções próprias dos Regimentos do meu Exército de Terra, e devendo ser próprias particularmente para defenderem as Embarcações de Guerra, e para fazerem algum Desembarque, e tentar algum Ataque: e sobre objetos análogos a este fim proposto que devem principalmente exercitar-se”.
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Assim, a primeira missão de combate dos Fuzileiros-Marinheiros no Brasil foi a invasão da Guiana Francesa, ordenada em represália à invasão de Portugal. Em outro decreto, de 10 de junho, ordenou D. João que “por mar, e por terra se lhes façam todas as hostilidades”, autorizando o corso e os armamentos que seus vassalos quisessem no intuito de propor-se contra a França.
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♦ A longa trajetória de 1790 até a Academia Militar das Agulhas Negras [AMAN]:
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● 1790
No fim do século XVIII, mais precisamente em 1790, a Rainha D. Maria I de Portugal instituiu em Lisboa a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho − 2 anos mais tarde autorizou a implantação na cidade brasileira do Rio de Janeiro, então capital do Estado do Brasil, de uma instituição nos mesmos moldes: a Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho.
● 1808
Diante da Transferência da Corte para o Rio de Janeiro em 1808, a instituição foi sucedida pela Real Academia Militar do Rio de Janeiro, criada pelo Príncipe-Regente em 1810. Seu primeiro comandante foi o Tenente-General Carlos Napion, atual patrono do Quadro de Material Bélico do Exército Brasileiro.
● 1822 ➔ 1832 ➔ 1840 ➔ 1858
Após a Independência em 1822, a Academia passou a ser denominada de Imperial Academia Militar. Em 1832, o seu nome mudou uma vez mais para Academia Militar da Corte. Em 1840, passou a denominar-se Escola Militar, e a partir de 1858, Escola Central, sendo transferida para as dependências do Forte da Praia Vermelha.
● 1874 ➔ 1904
Os engenheiros formados na Escola Central eram civis e militares, por ser a única escola de Engenharia no país à época. Em 1874, a escola transitou para a Secretaria do Império passando a formar exclusivamente engenheiros civis, enquanto que a formação dos oficiais de Engenharia e de Artilharia continuou a ser realizada na Escola Militar da Praia Vermelha até 1904. A Escola foi fechada porque seus alunos aderiram à Revolta da Vacina. Os oficiais de Infantaria e de Cavalaria passaram então a ser formados na Escola de Guerra, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
● 1913
Em 1913, objetivando unificar todas as escolas de Guerra e de Aplicação, foi criada a Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, que formou os oficiais do Exército por quase quarenta anos. Atualmente, as dependências de Realengo abrigam o Grupamento de Unidades-Escola/9ª Brigada de Infantaria Motorizada.
● 1944 ➔ 1951
Transferência para Resende – Rio de Janeiro:
Diante da necessidade de aperfeiçoar a formação de oficiais para um exército que crescia e se operacionalizava, foi criada em Resende, em janeiro de 1944, a Escola Militar de Rezende. Na época, houve também a intenção de afastar a juventude militar da efervescência política da capital do país, que ainda era o Rio de Janeiro. Seu idealizador foi o marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque. Em 1951, a instituição passou definitivamente a denominar-se: Academia Militar das Agulhas Negras [AMAN].
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COMPLEMENTOS
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Já fomos o País do Futuro
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A ● Já fomos o País do Futuro. Perdemos este status em nome de uma irresponsável experiência republicana que inaugurou o primeiro genocídio de fato do povo brasileiro e estagnou a nação. Ao passo que a República de 1889 a 2016 (127 anos), reduziu um Brasil que hoje chamam primeiro mundo, num país fracassado de terceira categoria pertencente a um Terceiro Mundismo que inventaram, cada vez mais dependente das tecnologias dos outros. Ironicamente os golpistas de 1889 pregavam que a República havia chegado para melhorar o Brasil em todos os sentidos (uma espécie de Libertação das Trevas)... Hoje muitos idiotas republicanos culpam a Colonização Portuguesa e o período Imperial por todas as mazelas do Brasil. A República não cumpriu a que veio, e agora quer responsabilizar a História do Brasil até 1889, por suas incompetências e fracassos.
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B ● A Restauração do Parlamentarismo Monárquico Imperial Brasileiro... “(...) É a única saída que temos, o resto é pura ilusão e sofrimento para o Povo e a Nação. Como nosso povo não possui uma posição política, e não apelo para que tenham, pois esta atitude não contempla seus ideais e tampouco uma causa nacional, como um dever para com a Nação, mesmo com os exemplos de corrupção que ocorre presentemente e a necessidade da troca do sistema de governo que vivemos, ora PATRIOTISMO requer cultura Histórica o que as escolas foram direcionadas para não ensinarem à décadas, se adaptaram e estão enganados. É uma pena, reagir é preciso, COMO???? Respondo, MUDAR/TROCANDO pelo IMPÉRIO DO BRASIL que foi testado e deu certo, comprovadamente. (...)" (Fernando Tredicci).
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C ● A Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro foi a Capital do Reino do Brasil, do Império Ultramarino Português e do Império do Brasil, usurpada dos brasileiros pelo Crime de Traição e Lesa-Pátria da tragédia do Golpe Republicano de 1889; retrocesso ditatorial totalitário violento, que interrompeu sua evolução natural na Democrática Monarquia Constitucional Parlamentar Representativa Imperial Brasileira, cujas suas predadoras conseqüências se estenderam pelo futuro... Metrópole da Corte, Violentada pela ilegítima imposição republicana, criminosamente descaracterizada, favelizada & Poluída. Sede da Petrobras, corrompida pelas Organizações Criminosas das Facções Narco-Psicopatas-Partidárias-Copartícipes dos Regimes-Síndico-Comuna-Socialistas-Golpistas, da Máquina de Prostituição Parlamentar do Poder Central Republicano, Alinhada a Política Transnacional Continental Latina Americana do Foro de São Paulo.
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D ● TRANSIÇÃO DO ESTADO DO BRASIL (há época ainda Brasil Colônia) Para REINO DO BRASIL E IMPÉRIO DO BRASIL: "(...) Reino do Brasil, oficialmente Reino do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves foi a designação oficial assumida em 16 de dezembro de 1815, a elevação do então Estado do Brasil (1621-1815), uma colônia portuguesa, a reino. Este ato decretou oficialmente o fim do Estatuto Colonial do Brasil, motivado, sobretudo, por governar uma nação européia a partir de uma colônia, desde a transferência da Família Real e da nobreza portuguesa em 1808. Tal aconteceu por ordem do então Príncipe-Regente Dom João Maria de Bragança (futuro Rei Dom João VI), após as invasões napoleônicas a Portugal. (...)"
E ● "(...) O Reino do Brasil teve apenas dois Reis, Dona Maria I (que era a Rainha de Portugal antes da elevação do Brasil a Reino Unido com Portugal) e Dom João VI (que antes da morte de sua mãe, a Rainha Dona Maria I, já governava como Príncipe-Regente. A Capital do Reino era a Cidade do Rio de Janeiro, à época chamada apenas de Corte. Da mesma forma, durante a vigência do Reino Unido do Brasil, foi da sua Capital - a Cidade do Rio de Janeiro - que passou a ser exercida a soberania de Sua Majestade Fidelíssima sob todas as colônias do Ultramar Português. (...)"
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F ● "(...) O Brasil desmembrou-se com a Independência, a 7 de setembro de 1822, proclamada pelo filho do Rei Dom João VI, D. Pedro de Alcântara de Bragança (futuro Imperador D. Pedro I do Brasil e Rei D. Pedro IV de Portugal), que antes da independência era o herdeiro do trono como Príncipe Real do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Tal episódio resultou na fundação do Império do Brasil, no mesmo ano - 1822, e, por conseguinte, no desmembramento do então território brasileiro do Império Ultramarino Português. (...)"
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REFERÊNCIAS:
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II ■ Estado do Brasil
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III ■ Reino do Brasil
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IV ■ Império do Brasil
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A tragédia da experiência republicana brasileira
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A tragédia da experiência republicana brasileira definitivamente acabou com o Brasil. Defender este moralmente ilegítimo Regime Republicano Brasileiro é o mesmo que defender o Bandido que enganou, traiu, roubou e assassinou. A República principiou na ilegalidade inaugurando a primeira Ditadura Militar da História do Brasil, que para se manter assassinou 150.000 brasileiros, apenas nos seus sete primeiros anos de fracassos.
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O Exército Brasileiro após a proclamação da República matou sob o comando de Floriano 150.000 pessoas, isso é muita gente para morrer sem guerra. Matar nacionais por serem monarquistas pobres, pobres, monarquistas pobres. Canudos todos sabem que não tinha ninguém rico ali. O Exército Brasileiro não tem que ter nenhum receio da Monarquia, absolutamente. No dia que o Exército Brasileiro tiver consciência e voltar a enxergar em Duque de Caxias o grande militar brasileiro, o próprio Exército não agirá e nem fará nada como um golpe ou coisa parecida (...)
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Outra grande ação deste “Herói Nacional” Floriano Peixoto, foi a compra daquela esquadra que se chamou de Esquadra de Papelão que ele trouxe dos Estados Unidos, exatamente para combater a Marinha de Guerra (em posse dos Oficiais Monarquistas) (...) E a nossa esquadra infelizmente estava em Santa Catarina, senão a gente teria destruído os americanos. Nós éramos mais poderosos que os americanos (...). Nós éramos a 2ª Marinha Mercante do Mundo e a 4ª Marinha de Guerra do Mundo (Muitos dizem que foi a 3ª). (...) Para mim o motivo da República foi destruir o Brasil...
Toda esta experiência republicana tem sido um desastre. Toda esta experiência republicana é uma experiência de desastres... Não acredito que haja um brasileiro que seja republicano. O Brasil está sem identidade, não há mais conceito de pátria, referência de pátria, nada. Não se tem mais orgulho de ser brasileiro. O que é uma situação bem diferente do nosso Período Imperial; isso é destruir uma nação. Quando você destrói a vontade destrói a nação. A grande crise brasileira não é econômica, não é uma crise de produção climática, a crise brasileira é moral.
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Ohanes Kabderian – Monarquia II – 2ª parte
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Nós já fomos um grande país, e perdemos esta posição por causa dos desmandos que a República tem feito nestes seus 100 anos... O Brasil perdeu o seu Rumo. A diferença quando se fala de Império do Brasil, e a maneira como o mundo via o Império do Brasil, as grandes nações, não é mais a mesma maneira que vêem o Brasil hoje. O Imperador Pedro II foi Árbitro Internacional (...). A falta de conhecimento do povo infelizmente... Esta traição, o roubo da identidade do Brasil que a República cometeu, fez com que o brasileiro não saiba mais exatamente como é o seu país... Isso é uma subtração de conhecimento. (...)
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Queremos que o Brasil volte a ser o que era, o Império, um país respeitado, um país rico, (...) Gostaríamos de ter orgulho de quando saíssemos de nosso país, viajássemos, de ter orgulho quando mostrássemos nosso passaporte, dizer que somos filho de um Império importante. (...) Eu gostaria que o povo brasileiro se lembrasse da situação política brasileira atual e refletisse se não gostaria de voltar a ter um governante reto, honesto, amante do seu país, como foi Princesa Isabel, e como foi D. Pedro I que fundou o Império. Então nossa história nos leva a preferir o que a gente perdeu... O que nos foi tomado.
Essa República de Mentira nada acrescentou de útil, virtuoso e verdadeiro ao Brasil.
Por mais que me esforce, não consigo ver nobreza alguma em vossos representantes políticos republicanos... Tampouco algo em suas atitudes que os honrem e engrandeçam.
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ARMADA DO BRASIL IMPÉRIO
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A terceira Marinha de Guerra do planeta, que somada à Marinha Mercante, foi a segunda Potência Naval da terra.
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Um dos 90 Navios da Armada Imperial Brasileira até o Golpe de Traição de 1889 - em determinado momento na cronologia do tempo, foi mais poderosa do que a Marinha de Guerra dos EUA, que somada a Marinha Mercante do Império, representava a 2ª Potência Naval da Terra.
Encouraçado de Esquadra Riachuelo
Encouraçado Riachuelo • Pintura de CARLOS KIROVSKY
A Armada Imperial Brasileira foi a Força que tentou reverter o Golpe Republicano de 1889, entretanto a maioria dos seus Oficiais e Subalternos fiéis a Monarquia, Heróis da Pátria, foram executados sumariamente. Hoje a República de Mentira continua condecorando, homenageando e protegendo seus Heróis de Barro... Os Terroristas Assassinos internos e externos, com as mais altas Ordens Honoríficas do Brasil, inclusive com àquelas criadas pelo Império.(...) |
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V ■ Abutres Ébriados
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